junho 02

Como lidar com aliados ruins

ogre magi

Hoje vou falar sobre um assunto recorrente em forúns, grupos e comunidades de DotA pelo mundo todo. Se você é mais um jogador frustrado com times ruins, aliados mal-educados, e especialmente se tua carreira na escada do MMR anda de mal a pior, o post de hoje foi feito exclusivamente pra você.

Não dá pra começar a falar do assunto sem antes abordar a maior vilã de jogos competitivos, a nossa amada variância. A esmagadoria maioria dos jogos competitivos do mundo moderno sofre de variância. Uma contusão no futebol, uma carta inesperada no Poker, uma runa de haste no DotA, tudo isso são fatores imprevisíveis, que você não tem controle. Jogando solo ou com menos de 5 na party, os seus prováveis aliados também fazem parte dessa variância, você pode tanto pegar aliados afinados e habilidosos, como pegar acéfalos autistas. É um fator incontrolável do jogo.

É muito importante frisar isso, pois é absorvendo essa informação por completo que sua visão de jogo vai começar a mudar: você não tem controle sobre quem serão seus aliados, nem sobre como eles jogarão. Esqueça essa balela de que a Valve coloca pessoas da mesma habilidade que você, sabemos que é mentira, pois o sistema dá muita margem para gente ruim subir, assim como gente boa descer, e quanto melhor você for, maior a chance de cair contigo um cone de trânsito pra que as chances dos dois times sejam de 50%, então na verdade, a Valve TE PUNE por jogar bem, enfiando pinos no seu time.

Mas vou repetir pela terceira vez: você não tem controle sobre isso.

Se essa imprevisibilidade te irrita, te desanima de jogar, eu sinceramente recomendo que você desinstale o jogo. Não é maldade, nem arrogância, tem muitos jogos com quase 0% de variância que podem ser a sua cara (Xadrez por exemplo), mas se quiser continuar jogando DotA e se divertindo com isso, então aprenda de uma vez: você vai perder, e muito, vai perder jogos aonde você foi o melhor em jogo, vai perder jogos aonde parecia impossível uma virada do outro time, vai perder jogos mesmo vencendo as três lanes, e ter aliados ruins vai ser um dos principais motivos das suas derrotas, é assim mesmo.

Calma jovem, você ainda nem começou a entender quanta pancada você vai levar. Já ouviu falar dum termo chamado win rate? Em míudos, isso é a taxa de vitórias do jogo, ou seja, a cada 10 jogos, quantos são vencidos. A Valve, como toda boa empresa de jogos eletrônicos competitivos, controla de perto da winrate de cada heroi do jogo, de modo que todos sempre transitem na faixa dos 50%. Eu te pergunto: sabe o que é considerada uma winrate perigosamente alta? 70%? 80? Errou feio, errou rude. Uma taxa alta de winrate é na faixa dos 55%. Tem uma dúzia de herois que passam dessa faixa entre uma versão e outra, o que é normal, mas se algum deles sequer encosta nos 60%, pode apostar que vem nerf no próximo patch. Você acha 55% muita coisa? Se você jogar CEM partidas na ranked com essa taxa de vitória, seu saldo final será 10 vitória positivas, ou seja, uns 200-250 de mmr, em CEM JOGOS, mesmo que jogues 3 partidas por dia, vai um mês inteiro de muito suor e lágrimas, no mínimo 60~90 horas de jogo, pra subir ridículos 200 mmr, e desses 100 jogos, quase metade você vai passar levando tora meu xapa.

Mas eis a dura realidade: você. não. tem. controle. sobre. isso.

A principal dificuldade do jogador mediano de dota, mesmo os veteranos, é a de depositar sua frustração no jogo em aspectos que ele não tem controle. Eu sei o que você vai dizer: “DotA é um jogo de time, eu não posso ganhar sozinho sua anta”, não pode mesmo, no entanto, eu já usei sete parágrafos pra te explicar que é impossível ganhar todas, e que mesmo dando seu coração você vai frequentemente cair com quatro topeiras completas sem esperança alguma de vitória, e mesmo tendo repetido isso cansativas vezes, ainda assim, eu te garanto: é possível fazer a diferença.

Meu objetivo com esse guia não é te catapultar pros 6k de mmr, nem te garantir uma semana inteira de vitórias, mas eu tenho certeza absoluta que, focando nos aspectos corretos do jogo, você com certeza vai ver seu resultado mudar.

Não estou falando de dicas motivacionais como “não jogue estressado” ou “seja bacana com todos”, mas sim dicas reais, dicas práticas, pra que sua presença no time sempre faça a diferença. As dicas motivacionais também funcionam, mas já tem gente usando elas que ainda assim continua estacionado porque não adianta ser um cara feliz e calmo se no jogo você continua fazendo as mesmas coisas.

1 – A primeira, e mais controversa das dicas, pra quem realmente quer fazer a diferença nos jogos, é aprender a usar a função mute.

Jogando com desconhecidos, é impossível que você sempre concorde com tudo que seu aliado diz ou faz, e muitas vezes a desavença começa nos picks, ou até num erro seu, e quando isso acontecer, não tenha medo de mutar. Acredite ou não, mas mesmo em grandes seleções, mesmo em grandes empresas, é impossível atingir a harmonia completa, mas dois funcionários que não se batem, cada um fazendo o seu, ainda atingem o resultado pretendido.

“Mas titio Devan esse joguinho de monstro exige coordenação, não tem como jogar sem comunicação, cada aliado representa 20%, blablabla…”

Sim e não. Dois jogadores que se mutaram, ainda que percam em termos táticos, ganham muito mais estrategicamente pois direcionam sua energia para o jogo. Exceto nos raros casos aonde um dos ofendidos realmente se esforça em entregar o jogo (e que vai pra conta da variância, dos 45% de derrotas, blablabla…) os dois ainda estão lá pra vencer, e especialmente em ranked, é muito comum que os dois voltem a cumprir suas funções no jogo, e até a se ajudar, quando a briga é rapidamente interrompida pelo mute, até porque ainda há outros jogadores para coordenar as jogadas, e mesmo com 5 mutes, ainda há a noção geral de jogo para cada um.

Confia em mim, o mute ganha jogos.

2 – Não use bodes expiatórios.

Assim como sempre vai ter um noobasso no seu time, há outra verdade universal: você sempre vai cometer uma penca de erros. Não to falando de errar um stun, ou perder um deny, to falando de centenas de erros, em todos os jogos. Se terminaste um jogo sem perceber no mínimo vinte erros cometidos por ti, ou você acabou de vencer o International, ou você está cego.

Pra quem nunca ouviu essa clássica frase, aí vai a sabedoria milenar: no DotA, como em qualquer jogo, ganha quem erra menos.

Naturalmente, seu aliado super ultra ruim já está errando por sequer respirar, quem dirá por jogar DotA, mas por afundar o jogo tão abertamente, ele cria holofotes virtuais nas jogadas horrendas dele, dando margem pra que você, com erros pequenos, não receba a culpa da derrota e vá dormir tranquilo por ter feito a sua parte. Fazendo a sua parte, você apenas garante que sua winrate continuará na faixa dos 50% (ou menos), pois a ruimdade alheia te mascara oportunidades de crescimento.

É comum ouvir jogadores frustrados falando que o MMR é uma farsa, e ainda que em parte seja verdade, eu te garanto: ninguém consegue ser carregado até dos 2 aos 5k. E te garanto outra coisa: numa diferença de 100~300 mmr, de fato temos jogadores equilibrados, mas numa diferença de 1000 ou mais, há um abismo entre esses jogadores.

Eu já disputei mid tanto com alguém +1000 quanto com alguém -1000, (PS: nos dois casos só descobri o mmr no fim do jogo) e vou te falar: a diferença é surreal. Nos dois casos, é um cara jogando e outro assistindo, sério. Já tenho quase pronto um artigo explicando minuciosamente as diferenças técnicas em cada faixa de mmr, mas o que importa pra o texto de hoje é: você sempre, sempre tem aonde melhorar, não há desculpas.

E sabe o que acontece quando um jogador de alto mmr pega uma conta smurf (de mmr muito abaixo do nível dele) e joga pra valer? Um massacre é o que acontece. Porque eles conseguem isso? Porque tem gente que faz até uma grana extra upando contas dessa maneira? E como eles fazem isso mesmo tendo os mesmos aliados ruins que você? Porque eles focam em executar um jogo impecável, com uma fração mínima de erros.

Foda-se que o Enigma ultou os creeps, foda-se que o cara pegou PA pra dividir lane com teu Slark, jogue o melhor DotA da sua vida. Mesmo esses mitos não irão vencer todas, mas um cara jogando numa bracket 2000 pontos abaixo dele consegue, tranquilamente, uns 70 a 90% de winrate. MMR é uma farsa? Normalmente quem fala isso são aqueles que passam 6 meses travados nos 2k chorando porque ninguém vem gankar sua lane, enquanto o 5k já está executando soluções alternativas (gankar outra lane fraca, farmar mato, etc)
3 – Evite estratégias ruins.

Supondo que você está se esforçando do fundo do coração em parar de focar seu ódio no time lixo que caiu contigo, e genuinamente concentrado em encontrar maneiras de jogar melhor, agora vem o tapa na cara dos estrategistas de plantão: nem todo heroi foi feito pra se jogar solo.

É de fato bem simples: tem herois que são mais fortes em grupo do que sozinhos, e se eu fosse você, deixaria de pickar eles jogando sozinho. Aqui vai ter muita polêmica, mas eu começaria citando Enchantress, Io, Chen, Bounty Hunter, Witch Doctor, Gyrocopter, Elder Titan, Disruptor, Ursa, Sniper e dependendo do perfil do jogador até Nevermore, Zeus, Tinker e Earth Spirit. Não falo por serem herois fracos, todos são absurdamente poderosos, mas sim porque boa parte do plano de jogo deles gira ao redor de setup, de criar espaço, ou de ter outros picks sinérgicos no time para extrair valor de suas habilidades. Nevermore em boas mãos ganha o mid contra 95% dos herois do jogo, mas sem counter-tps vira a vadia de gankers como Balanar ou Spirit Breaker, e mesmo os ganks iniciados por ele são sofríveis quando seus aliados não coordenam stuns, ou sequer pickam herois com stuns confiaveis, e repito: são gente desconhecida, que vai pensar e interpretar as situações de jogo de maneira diferente de você, então enquanto você deu o dive confiante na kill, o teu Lion resolveu recuar porque achou arriscada a jogada, daí teu Never, agora indefeso, serve de frag pro heroi do outro time.

Não foque em counter-picks, foque em auto-suficiência. Pegue herois que cumprem multiplas funções no jogo, que não apenas consigam sair de ganks, mas que também criem oportunidades de gank para o time, muitos jogadores excelentes atingem ranks altíssimos focando numa pool pequena de herois (de 5 a 15), de maneira que eles tenham uma flexibilidade de pick para se adaptar ao pick inimigo, mas sem necessariamente diluir a perícia deles, fazendo com que eles sempre tenham um impacto enorme no jogo, sabendo o heroi certo, e a build certa para cada jogo.

Esse raciocínio também se aplica aos itens. Está de Queen of Pain? Ao invés de Shivas, vá para Assault, ao invés de Aghanins, vá para Linkens ou Skady, assim ao invés de jogar contra o relógio, voce constrói um late game melhor que o do oponente (ou menos pior) sem ficar 100% dependente do desempenho do seu carry. Está de Magnus? Transitar pruma Treads + Madness + Dedalus depois de Dagger, e até antes da Refresher, pode ser muito mais impactante no jogo do que ficar suando a camisa com force staff, arcane e afins pra encaixar um lindo combo enquanto tua P.A. resolve caçar o puck dos caras até a fonte.

4 – Encontre o contexto do jogo

Cada jogo flui de uma maneira diferente. Se você não sabe como teu jogo está fluindo a cada segundo, então está apenas assistindo o desenrolar natural dele, não está criando impacto. Eis uma pergunta simples: você sabe qual o momento em que o jogo transita da lane phase para a fase de ganks e pick-offs? você sabe qual o momento em que o jogo transita dessa segunda fase para tfs, roshan e pushs? A resposta é: você decide. Claro que nem sempre temos presença de mapa ou força de combate suficiente para ditar o rumo no jogo, e nesses casos, a gente se adapta ao ritmo do oponente.

Se teu Juggernaut é completamente autista, não aparece nem pra pegar resto com ult, e o time do oponente está em 5 focando objetivos, essa informação deve ser usada a seu favor. Evitar lutas, wardar e defender o mato, além de farmar itens para counter push ou split push (shadow blade, boots of travel, maelstrom) são medidas que atendem ao contexto do jogo. Pare de jogar pensando “se o Jugger estivesse aqui poderíamos…”, e comece a jogar pensando “apesar do Jugger não estar aqui, posso fazer isso”.

Observar o nível de ameaça de cada heroi, e também o nível de habilidade de cada jogador, é uma lição fundamental para encontrar o contexto do jogo e a melhor rota para vencê-lo. Se você não sabe definir em poucos minutos qual o ranking de habilidade de todos os 10 envolvidos na partida, não conseguirá traçar um plano de jogo.

Eis uma dica de ouro para itens: “sempre builde de maneira a counterar o melhor jogador do outro time, mas sempre foque em matar os piores.” A idéia é simples: os piores morrem mais facilmente, e morrem pra qualquer build. É com esse raciocínio que eu vejo Ember Spirit de Orchid (pra deitar um Storm, por exemplo), ele ainda consegue espancar qualquer suporte isolado com esse item, mesmo não sendo o mais eficiente para o herói, mas sem esse item ele depende de alta coordenação do time para deitar o Storm, que é a principal ameaça de lá.

É comum encontrar jogos perdidos no outplay, em que você não entende como sua Templar Assassin está perdendo para um Zeus no mid. Entre a escolha de reclamar da ruimdade da TA, ou de fazer algo a respeito e criar impacto, qual você acha que dá mais chances de vencer o jogo?

5 – Administre o snowball.

Essa dica na verdade é a continuação da dica 4. Dota é um jogo de momentum, o time que está ganhando tende a continuar ganhando, isso é fato. São raros os comebacks porque quanto mais frags e torres, mais itens, mais niveis, e consequentemente fica mais dificil do outro time revidar com menos itens e niveis e espaço pra farm.

Não é apenas isso, mas DotA é um jogo de iniciativa. Mais ou menos 80 a 90% das habilidades do jogo tem um perfil ativo, são feitas para se usar proativamente, contra 10~20% habilidades reativas, como Bristleback, ult do Wraith King e afins. Isso significa que a maioria esmagadora de herois não faz NADA caso seja iniciada e morta rapidamente. Por isso que você acha seu time horrendo, enquanto esses mesmos caras as vezes são mitos no outro time: por algum motivo seu time começou perdendo, e o cara que deu azar de ser o primeiro perdedor do seu time está altamente propenso a feedar mais e mais, e assim criar essa impressão. O seu objetivo é simples: evitar o snowball no seu time, ou criar um snowball ainda maior no outro time.

Como falei no item 4, saber o nível de cada adversário é fundamental. Se o melhor de lá está focando seu pior, dependendo dos picks você não pode fazer nada a respeito. Nesses casos, foque em criar o mesmo snowball no pior de lá.

Não se iluda, todo time tem players melhores e piores. Ainda vai ter a conta da variância, mas o mesmo Skywrath que está mandando ults epicos dentro da Cronoesfera do Void pode ser uma Midas ambulante caso você quebre o ritmo dele, ganke o coitado toda vez que ele faz aquela rota óbvia para colocar wards em locais óbvios, e lentamente a execução dele vai pro lixo, seja pelo psicologico, seja porque o time dele tá xingando o cara, seja porque ele não sabe jogar perdendo e fez Aghanins ao invés de Force Staff.

Ainda assim, eu recomendo focar em evitar o snowball do oponente. Digo isso porque mesmo bons jogadores arriscam mais quando o snowball está quase instalado, dando dives mais profundos por exemplo, você também tem que jogar assim, pois só ótimos jogadores vão saber refletir quando é mais importante segurar teu snowball do que fechar a Sange Yasha. Além disso, ao salvar teu aliado você cria duas vantagens: reforça a confiança do seu aliado ruim, e quebra a confiança do seu oponente bom, a curto prazo isso é mais seguro do que ficar correndo pra ver qual time vai tiltar primeiro com o feed de um aliado especifico.

TL:DR – Finalizando a bíblia

Seguindo esses cinco passos básicos, você vai ganhar mais que perder

1 – Reclamar do meu aliado não vai fazer ele jogar melhor, nem vai trazer um aliado melhor no proximo jogo.

2 – Mesmo jogando bem, sempre dava pra fazer algo melhor, encontre aonde que o próximo jogo será mais fácil.

3 – Se meus aliados não conseguem combar comigo ou não sabem aproveitar as oportunidades que eu crio, o problema pode estar comigo em jogar ao redor de estratégias fragéis e de alta dependência.

4 – Focar menos em encontrar o culpado da derrota, e mais em encontrar a rota da vitória.

5 – Jogar DotA ganhando é mais fácil, torne o jogo fácil para seus aliados, que eles jogam melhor.

E pra finalizar, vou falar umas verdades doloridas pra todo jogador médio que reclama de time:

a – Não, nem todo jogo se vence 5×5, tem jogo aonde dá pra vencer 4×5, tem até jogos aonde 3 caras sozinhos venceram tf atrás de tf com boa execução e sinergia, apenas aceite. Mas se você entrou numa luta com desvantagem de números e sem certeza de vitória, a burrice foi sua, não do autista do time.

b – Reclamar de aliado, especialmente no chat pros dois times, é apenas pra massagear seu ego debilóide e mascarar sua própria ruimdade, pois ninguém se importa.

c – Se vc está estacionado nos 2400 mmr faz seis meses e ainda acha que é porque nesse mmr não tem teamplay, pare de cagar todo jogo com seu Invoker de três skills e começa a pegar heroi fácil de usar e difícil de responder, como P.A., Queen of Pain e Bristleback, também recomendo estudar mecânicas básicas de jogo.

d – Suportes ganham jogos. Não to falando daquele creep que ajuda no deny e warda rio, to falando de herois que zoneiam o off-lane totalmente, coordenam runas, stackam jungle, criam espaço na mid ou off, dão counter-tp e sabem dançar na range da tf. Se você não entendeu algum dos termos que citei, não jogue de suporte.

e – Assista teus replays, se não achar pelo menos 100 erros em toda partida, é porque você ainda é ruim demais pra sequer entender como e porque errou.

Com isso encerro essa enorme bíblia sobre “porque não devo me estressar com meus aliados ruins já que isso efetivamente tem zero impacto na minha capacidade de virar o jogo e eu ainda tenho um enorme caminho de jogo pela frente pra pode cobrar um bom jogo de um desconhecido”

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Até mais!